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A Escola  de Samba do coração dos Lagunenses.

Hoje e sempre, "Internacional".

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62 anos de resistência do samba.

Hoje e sempre "A Internacional Vila Isabel"

A Vila Isabel foi fundada no Morro da Glória no ano de 1958, de uma dissidência da Escola de Samba Mangueira, pelos precursores: Antônio de Souza “Catarina”, Dona Sinira, Seu Cacique, Pedro Luiz da Silva, Dorival do Nascimento, Iberê de Souza, Thiago Bompanel, José da Silva, Domingos Bompanel, Márcio dos Santos, Márcio de Souza, Vadinho do Trombone, João Paulo dos Santos, Djalma Clemente, Valmir Rosa, Geraldo Rosa, Dilton Nascimento, Antônio Olavo Bento, Darci Nascimento, Jacinto Costa, Luiz da Silva Flora, Antônio Matos, Rui Freitas, Álvaro Luiz (Alvinho).
A bem da verdade, o ano e data de fundação se deram em 02 de novembro de 1957, mas os fundadores acharam a data demasiado fúnebre para se comemorar a fundação da Escola de Samba, então decidiram registrá-la em 13 de Maio de 1958, homenageando a abolição da escravatura.
A Vila Isabel nasce num contexto bastante controverso da história de Laguna, o carnaval da época era comemorado nos grandes bailes dos salões dos clubes, em especial Blondin e Congresso, localizados no centro da cidade, que só aceitavam frequentadores brancos e de classe social, leia-se ricos.
Em forma de resistência nasceram dois novos clubes, União Operária que só aceitava em suas dependências negros mulatos, clube existente até hoje e Cruz e Souza, clube dos negros chamados retintos, já extinto.
Porém esses clubes nunca tiveram a força dos carnavais dos salões da elite branca, nascendo assim dois blocos iniciais, Xavantes em 1946 e Brinca Quem Pode em 1947, o primeiro exclusivamente para brancos, não necessariamente abastados, e o segundo exclusivo de negros.
De uma dissidência da Brinca Quem Pode, Seo Bentinho funda a Escola de Samba Mangueira em 1954, e em 1958 nasce a Vila Isabel, prometendo ser um refúgio para todos aqueles que queriam brincar o carnaval sem observância de cor, raça, credo, classe social ou gênero.

Na década seguinte os fundadores conseguiram junto à Prefeitura de Laguna a declaração de utilidade pública municipal através da lei 24/1968 e a doação de um terreno ao lado do cemitério da Glória, onde construíram a primeira sede de madeira.
Por iniciativa do Deputado Zany Gonzaga em 1970 o Estado de Santa Catarina declara a Vila Isabel como de utilidade pública através da Lei nº 4521, hoje convalidada e consolidada na Lei Estadual: 16733/15.
O pioneirismo da Vila Isabel nas questões de segregação racial, não seria o único, a entidade transformou o carnaval de Laguna, moldando-o como é hoje.
Até o ano de 1969, todas as entidades carnavalescas de Laguna desfilavam cantando no gogó, sem intérpretes, sambas e marchinhas do famoso carnaval carioca, e escolhiam temas para suas fantasias e apresentações que quase nunca tinham conotação com o samba cantado.
Essa realidade mudaria a partir de 1969 pois João Manoel Vicente e Celso Brum decidiram inovar, trazendo enredo e sambas próprios, e o primeiro enredo de Laguna, não poderia ser diferente, foi sobre José do Patrocínio , o Tigre da Abolição, cantando a história do grande abolicionista negro, trazendo ainda o primeiro intérprete, Helinho da Vila, que esmerou-se na sua primeira interpretação na avenida, como narra o historiador Willian dos Reis Martins em seu livro o Enredo dos Enredos, 65 anos de Brinca Quem Pode, 2012:

O radialista João Manoel Vicente tinha comprado uma briga com a turma dos blocos. Para ele, mesmo que alguns quisessem, não podiam ser considerados escolas de samba. E os enredos? Alas? Mestre-sala e portabandeira? Onde estavam? Um punhado de gente fantasiada sambando à frente da batucada tinha o seu barato, mas não guardava quase nenhuma semelhança com os desfiles das famosas agremiações cariocas, que só contariam com o sambódromo Marquês de Sapucaí a partir de 1984. João estava a uma das mesas do bar Night and Day, no térreo da rádio Garibaldi, à rua Raulino Horn, quando Osmar Fernandes arredou a cadeira e sentou-se ao seu lado. O qual, entre um assunto e outro, chegou onde realmente pretendia. – Tu que fala tanto que nós não temos escola de samba, por que não pega a presidência do Vila Isabel? No rádio desde 1956, João Vicente não esperava por isso. Aliás, nunca passara pela cabeça atuar ativamente – não só como locutor – no carnaval. Tanto que sua reação natural foi declinar ao convite. – Tô cansado. Tô desde 58 na presidência, não guento mais – argumentou Osmar, tentando causar comiseração no amigo. Mas João estava decidido e continuou firme em sua posição. Até que entrou o fator político. Em 1969, haveria as eleições municipais, nas quais Ronaldo Pinho Carneiro pretendia candidatar-se a prefeito de Laguna. Em uma das conversas com o radialista, informou-lhe que conseguira articular ao seu favor o apoio dos integrantes de Mangueira e Amigo da Onça. E que só faltava cooptar a turma da Vila Isabel para ter todo o morro ao seu lado. Acontece que João era casado com uma das sobrinhas do ex-prefeito e duas vezes deputado estadual (1959-1962/1963-1966) 99 Walmor de Oliveira, que pretendia também eleger o seu candidato. Daí sua oposição a Ronaldo Pinho Carneiro. Mesmo acreditando que seria impossível o adversário unir Mangueira e Vila Isabel – rivais porque esta é dissidência daquela –, julgou por bem intervir. Afinal, em política nada se sabe. Foi então que chamou Osmar Fernandes para uma conversa e o aconselhou: – Osmar, faz o seguinte: tu convida o Jorge Marcondes de Oliveira, que o Jorge é um grande artesão e quando ele se interessa leva a coisa pra frente, vai lá e convida ele. O que João queria era que Jorge assumisse aquele rabo de foguete. Porém, sua estratégia não deu certo. Diante de um Osmar alquebrado, arregaçou as mangas e pedia calma. Até porque Jorge era primo de Walmor de Oliveira, e uma conversa ao pé de ouvido, com cada palavra pinçada cuidadosamente, pode pôr qualquer um de joelhos. Nesse meio-tempo, o Night and Day já havia se transformado em Monte Carlo, e foi dali que o radialista viu a presa passar. Antes que fosse tarde demais, chamou-o, colocou a proposta na mesa e deixou claro que Ronaldo não poderia ter sob domínio o morro inteiro. (Nessa época, o jovem Ronaldo, hoje com 77 anos, estava se estabelecendo como advogado. Prestes a ver a carreira do filho perturbada pelo cargo de prefeito, os pais imploraram para que dissesse não à Arena. O apelo deu certo, e, no lugar dele, candidatou-se Saul Ulysséa Baião – o vencedor do pleito.) Sendo assim, Jorge acedeu. Mas com uma condição: – Eu aceito, se tu for meu vice. Como fosse influente na cidade por ser radialista, João era amiúde convidado para compor diretorias. Na verdade, os convites eram mais por mesuras, em troca do apoio dele na Garibaldi. Foi o que pensou que aconteceria na Vila Isabel. Mas o carnaval estava se aproximando, e nada de Jorge, como presidente, iniciar os preparativos. Dessa forma, não demorou para que os integrantes da agremiação chamassem João às falas, afinal tinha sido ele quem indicara o presidente. Sem saída, assumiu a tarefa que nunca pensara cumprir: organizar um desfile. Com a Vila Isabel nas mãos, viu-se obrigado a abandonar os discursos e fazer na prática o que considerava uma autêntica escola de samba. A primeira providência foi escolher o enredo, que é a espinhadorsal de toda a apresentação. Entre uma e outra ideia, chegou-se a José 100 do Patrocínio: o Tigre da Abolição, com que a entidade (agora sim, com cara de escola) desfilou na avenida em 1969. Mas era só o começo, ainda faltava a trilha capaz de narrar aquilo a que o povo espremido na calçada estaria assistindo em alas. Para isso, havia o samba-enredo (um gênero mais respeitado depois que Silas de Oliveira compôs Aquarela Brasileira para o carnaval de 1964 da Império Serrano, no Rio). Enquanto João Vicente descrevia a história, o próprio puxador da escola, Helinho da Vila, e Odenir do Nascimento, que peitaram o desafio, iam rabiscando os versos em um papel, a uma das mesas do Monte Carlo. Pronto, estava feito o primeiro samba-enredo do carnaval lagunense. Mas o pioneirismo não poderia passar despercebido. Até então, o único sistema de som era gentileza das duas emissoras instaladas na cidade. Elas cediam o microfone e os alto-falantes – um ficava em frente à sede da rádio Garibaldi, na Raulino Horn, e outros dois, fornecidos pela Difusora, situavam-se respectivamente na esquina da Raulino Horn com a XV de Novembro e próximo ao jardim Calheiros da Graça. Foi aí que João resolveu improvisar. Em um carrinho de madeira, adaptou uma corneta e uma bateria para alimentá-la. O qual era conduzido por um dos integrantes da escola, enquanto Helinho da Vila cantava o samba da própria lavra – agora, com maior repercussão. No entanto, para Helinho, isso teria acontecido em 1971, quando a Vila Isabel desfilou com Festa para um Rei Negro, enredo do Salgueiro, do Rio, também para aquele ano. Ainda assim, no cortejo, não podia faltar o casal de mestre-sala e portabandeira, representado então por Celso Brum e Maria Júlia

Tamanha a façanha da transformação do carnaval de Laguna, no ano de 1970 a Vila Isabel foi convidada a desfilar no mundialmente famoso carnaval de San Juan na Argentina, desde então é chamada em Laguna de “A Internacional Vila Isabel”.

Mas as implicações do salto da Vila Isabel em direção a profissionalização da disputa do carnaval não pararam por aí, graças ao seu empenho, a disputa passou a contar com organização da Prefeitura Municipal de Laguna, que logo decidiu separar a disputa em categorias, sendo as Escolas de Samba em uma categoria e os blocos rancho em outra:

Em meio ao rebuliço provocado pela Vila Isabel, o carnaval lagunense sofreu outro, talvez mais significativo revés: Na verdade, era apenas a oficialização do que já estava sendo feito desde meados dos anos 1970, com Nivaldo Mattos à frente do Departamento de Turismo: ou seja, a divisão das agremiações em duas categorias. O que ficou então estabelecido com o regulamento de 14 de janeiro de 1980, elaborado pela comissão de carnaval e instituído como consequência imediata do decreto municipal no 01/80, de 11 de janeiro de 1980, que criou a Copa do Carnaval Lagunense. Com isso, as entidades, segundo as próprias características, poderiam escolher se enquadrar como “blocos ou ranchos” ou “escolas de samba” – as quais eram as únicas com direito a disputar a taça de campeã do carnaval. Se as demais quisessem competir pelo título, que também se convertessem. Isto implicava em informar a comissão de carnaval da decisão, no mínimo, 30 dias antes do desfile oficial, apresentar-se com 150 componentes ou mais e seguir as rígidas exigências de uma escola de samba. Tudo para que a disputa se desse em igualdade de condições, pelo menos quanto à forma de apresentação na avenida

A partir da organização Laguna despontou como um dos melhores carnavais do Brasil, as décadas de 80 e 90 seriam de explosão do turismo na cidade, e com a Vila Isabel não poderia ser diferente, nos de 1979, 1980, 1981 e 1982 a Vila Isabel conquistou seu Tetracampeonato e de quebra a Taça Tonico Ramos Fortes, da Copa do Carnaval Lagunense, instituída pelo decreto 01 de 11 de janeiro de 1980, pelo Prefeito Mario José Remor.
Seria ainda campeã nos anos de 1985, 1986, 2007 e 2009, conquistando ainda mais de 20 títulos de vice-campeonato na sua trajetória.
Em 1986 adquire uma nova sede, desta vez no centro de Laguna, local onde até hoje funciona, visando facilitar os ensaios e principalmente, dispor de um local para eventos, após reformas, inaugura o Palácio do Samba, com 200 metros quadrados dispostos em 2 pavimentos de um casarão tombado pelo Instituto do Patrimonio Histórico e Cultural Nacional – Iphan, localizado a Rua Osvaldo Aranha, SN, no Centro Histórico, poligonal de tombamento paisagístico.
No ano de 2004, as dificuldades econômicas e falta de profissionalismo de algumas entidades, forçaram as Escolas de Samba de Laguna a restringir o grupo de entidades aptas a desfilar no carnaval da cidade, nascia a LIESLA – Liga Independente das Escolas de Samba de Laguna, entidade a quem cabe a organização e busca de recursos para a folia de momo na cidade, apenas cinco escolas de samba foram consideradas aptas a integra-la: Vila Isabel, Xavantes, Democratas, Mocidade Independente e Brinca Quem Pode, pelo critério de resultados nos desfiles nos 10 anos anteriores.
Uma nova era se inicia para o carnaval de Laguna a partir de então, culminando no ano de 2007, com a construção e inauguração do Sambódromo Hindemburgo Moreira, cuja primeira Escola de Samba Campeã se sagraria a Vila Isabel.
A comemoração dos 50 anos da Vila Isabel no ano de 2008 foi com um amargo vice-campeonato no desfile oficial, perdendo por apenas um ponto, mas a história grandiosa da Vila Isabel receberia dois grandes presentes:
O lançamento dos CDs Helinho da Vila, Minha Escola, Minha Vida, volumes I e II, onde o primeiro intérprete de Laguna canta os melhores sambas enredo da escola para a posteridade com qualidade ímpar, e o lançamento do livreto Sambas Enredo Vila Isabel, com os sambas enredo de 1979 a 2008.
A Vila Isabel ainda se sagraria campeã novamente em 2009.

2010 e 2011 foram de amargos vice-campeonatos para a Internacional, sobrevindo 2012 e 2013 em quinto lugar.
Os anos de 2014 a 2020 são marcados pela não realização dos desfiles oficiais com competição, porém a Vila Isabel decide novamente inovar e se transformar-se em um Ponto de Cultura e transforma sua sede social em um centro social e cultural, aumentando a oferta da sua conhecida e tradicional oficina de percussão que acontecia todos os anos nos meses de dezembro a fevereiro desde 1959, e oferecendo atividades culturais em contraturno escolar para crianças e adolescentes nas áreas de vulnerabilidade social da cidade de Laguna, ou seja, usando da sua especialidade maior, a cultura e o saber artístico, para transformar a realidade social do município, e assim preservar as gerações que manterão o carnaval vivo quando do seu retorno pleno.
As oficinas da Vila Isabel, quais sejam Capoeira, Samba no pé e Percussão, refletem diretamente na qualidade de suas apresentações nos pré-carnavais de Laguna, principalmente nos anos de 2016, 2018, 2019 e 2020, sendo sempre a maior bateria e escola em número de componentes.

Sua marca são os carros grandiosos, o luxo das fantasias e o gingado contagiante de sua bateria. Atualmente sua diretoria é composta pelos seguintes nomes: Presidente: André Roberto da Silva Machado Vice-Presidente: Ademir Roque Secretário: Marlon Barbosa Camilo

2º Secretário: Claudio Rodrigo Vicente. Tesoureira: Cláudia Ferreira Sabino.

2ª Tesoureiro: Lucas Souza Dias

Campeã da 1ª Copa do Carnaval de Laguna, Taça Manoel Ramos Fortes ao ser campeã de 1980,1981, 1982.
Campeã do Carnaval de Laguna 2007
Campeã do Carnaval de Laguna 2009
Campeã do Carnaval de Laguna 1986
Campeã do Carnaval de Laguna 1985
Campeã do Carnaval de Laguna 1982
Campeã do Carnaval de Laguna 1981
Campeã do Carnaval de Laguna 1980
Campeã do Carnaval de Laguna 1979
Campeã do Carnaval de Laguna 1978
Campeã do Carnaval de Laguna 1974
Campeã do Carnaval de Laguna 1971

Campeã do Carnaval de Laguna 1970

Campeã do Carnaval de Laguna de 1969 ( Considerada por ganhar os 4 troféus disponíveis na época).
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 2011
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 2010
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 2008
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 1988
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 1983
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 1987
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 1975
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 1976
Vice-Campeã do Carnaval de Laguna 1977

Não há registro dos títulos anteriores a 1969, porém as escolas de samba da época, Mangueira, Portela, Amigos da Onça), nunca foram campeãs, as demais agremiações de Laguna desfilavam em outra categoria, Bloco Rancho, em dia apartado ao das escolas de samba, estima-se logicamente que todos os títulos de Escolas de Samba da década de 60 tenham sido conquistados pela Vila Isabel.

Portanto teríamos:

Campeã do Carnaval de Laguna 1968
Campeã do Carnaval de Laguna 1967
Campeã do Carnaval de Laguna 1966
Campeã do Carnaval de Laguna 1965
Campeã do Carnaval de Laguna 1964
Campeã do Carnaval de Laguna 1963
Campeã do Carnaval de Laguna 1962
Campeã do Carnaval de Laguna 1961
Campeã do Carnaval de Laguna 1960

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Escola de Artes, Ofícios e Samba Vila Isabel

Construindo o futuro.

O projeto Escola de Artes, Ofícios e Samba Vila Isabel é parte da relação da Vila Isabel com a sua comunidade. 
Consiste na sua atuação social, por meio deste projeto, crianças e adolescentes tem aulas gratuitas de capoeira, percussão e samba no pé.
120 crianças e adolescentes são atendidas todos os meses pelas oficinas.

Desde março de 2020 o projeto encontra-se suspenso pelas restrições devido a pandemia de  coronavírus.

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